2º Congresso mundial de Construção Civil em madeira

30 setembro a 4 de outubro de 2019 – Canadá Em meio as questões de mudança climática, Triptyque Architecture e a empresa de florestamento sustentável Amata reforçam a importância da madeira na construção civil em altura e apresentam o projeto FLORESTA URBANA, o primeiro edifício totalmente construído em madeira no Brasil.

O Congresso é o resultado de uma estreita colaboração entre a FPInnovations (www.fpinnovations.ca) e o FCBA (www.fcba.fr) para realizar a segunda edição desta conferência mundial e reunir os melhores especialistas e pesquisadores, juntamente com desenvolvedores e construtores no campo para mesas redondas, painéis e seminários. Este evento reunirá os principais atores internacionais em desenvolvimento econômico e tecnologia de construção para conhecer, discutir e definir o futuro dos edifícios de altura média e alta em madeira no mundo.

O tema principal desta edição será “Construindo cidades para as gerações futuras” para destacar o futuro da construção em madeira em um contexto de desenvolvimento urbano sustentável.

Para esta 2º edição, o Brasil participa da programação no painel sobre o surgimento de projetos de edifícios em madeira no mundo, com a presença da arquiteta Carolina Bueno, sócia-fundadora da Triptyque Architecture e da arquiteta da Amata, Ana Belizário.

Para o WOODRISE, o projeto FLORESTA URBANA do escritório franco-brasileiro é uma contribuição incomparável e fundamental para melhorar a qualidade e a reputação deste segmento.

Alguns fatos rápidos sobre o WOODRISE 2019:

-Mais de 1000 participantes são esperados.

-Aproximadamente 20 países estarão representados, incluindo indústria e governos, tornando esta uma verdadeira conferência internacional – França, Japão, Austrália, Áustria, Brasil, Canadá, China, Itália, República Checa, Finlândia, Alemanha, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Coreia do Sul, Suécia, Reino Unido, Uruguai e Estado Unidos.

-Muitos eventos relacionados estão sendo planejados em conjunto com a conferência de negócios, como workshops técnicos e visitas guiadas.

-O evento mobilizará todo o setor e facilitará as conexões entre os lados de oferta e demanda do setor (promotores, desenvolvedores e prescritores x fabricantes e construtores).

-Triptyque Architecture e Amata participaram da 1º edição do Woodrise em 2017, junto a uma delegação brasileira.

Pilares do Congresso:

Wood

A madeira é cada vez mais reconhecida na indústria da construção como um material importante, inovador e seguro. A madeira é um material de baixa energia e armazena uma menor quantidade de carbono. Os benefícios ambientais de edifícios altos de madeira desempenham um papel fundamental no desenvolvimento sustentável e na redução dos impactos das mudanças climáticas.

Objetivos

Posicionar a madeira como principal material de construção, atuando como uma vitrine de tecnologia em um ambiente de desenvolvimento urbano sustentável e ecológico.

Estabeleça a notoriedade da América do Norte como um ator-chave no desenvolvimento de edifícios altos e de madeira.

Envolver a comunidade internacional em direção à redução da pegada ambiental urbana da construção sustentável.

Estimular a criação de alianças e colaborações internacionais em vários congressos de negócios, workshops temáticos ou sessões de B2B.

Público

Gerentes, desenvolvedores, estabelecimentos públicos de desenvolvimento, arquitetos e fornecedores que provavelmente atenderão suas demandas

Representantes de autoridades públicas que trabalham em nível internacional

Escritórios de engenharia, economistas, escritórios de controle, especialistas em certificação de produtos ou obras e interessados em pesquisa e desenvolvimento

FLORESTA URBANA

TRIPTYQUE + Amata para Woodrise 2019

ABSTRATO

A jornada da madeira para ajudar as grandes cidades a crescer.

Como a natureza brasileira pode fornecer os meios para construções de baixo impacto ambiental em áreas urbanas densas.

É de conhecimento geral que o Brasil possui riqueza incomparável em biodiversidade. No entanto, um desafio persistente à sua prática arquitetônica é saber tirar o melhor da natureza rica que nos cerca, para que o ambiente urbano entre em harmonia – e se torne um pouco semelhante – com a natureza que serve como fonte de insumos e bem-estar. O que o país que abriga a maior floresta do mundo pode aprender e incorporar na maneira como constrói suas cidades? Além disso, como lidar com os desafios impostos pelo processo de regulamentação de materiais na construção civil brasileira?

Segundo as Nações Unidas, 68% da população mundial deve viver em áreas urbanas até 2050. Para repensar como a cidade e a natureza interagem nesse cenário e recomendar a crença de que o ambiente construído pode crescer a partir do ambiente natural, A Triptyque Architecture vem realizando edifícios de madeira em grandes metrópoles que apontam para as questões de malha urbana, melhor uso de energia, soluções inteligentes de iluminação e circulação de ar e todos os benefícios dos métodos de construção sustentável.

Após o sucesso do projeto da sede do INPI na França, o escritório franco-brasileiro está prestes a dar a São Paulo um edifício totalmente feito de madeira, 100% certificado tanto de sua origem quanto de sua trajetória. A Triptyque também já iniciou os estudos para o Ecotone, um centro de pesquisa em biotecnologia da França e que será um dos maiores edifícios de madeira da Europa, vencedor do termo para o encontro entre dois ecossistemas – e também vencedor do ‘Inventons la Métropole du Grand Paris’, assim também o projeto MKNO, premiado no concurso ‘C40 CITIES’ Bobigny, que reúne uma rede de megacidades mundiais envolvidas na luta contra as mudanças climáticas.

O projeto Floresta Urbana – Triptyque Architecture

Projeto:FLORESTA URBANA

Titulo: Floresta Urbana, transpondo fronteiras físicas, culturais, tecnológicas e sensoriais.

Memorial

Uma colaboração entre a empresa de florestamento sustentável Amata e o escritório de arquitetura franco-brasileiro Triptyque.

O edifício de 13 andares, com área total de 4.700 m², de uso misto, co-working, escritórios, lojas e restaurantes. Interação entre a cidade e o público em um terreno escalonado na Vila Madalena, SP.

A madeira como material estrutural em edifícios altos é um modelo para a arquitetura urbana sustentável, alternativa para a descarbonização da economia na indústria da construção civil, seu ciclo se inicia com um enorme crédito de gás de efeito estufa. 1m³ de madeira captura 1 tonelada de gás carbônico durante seu crescimento em floresta. As tecnologias aplicadas em CLT e Glulam fazem da madeira um material de alta eficiência estrutural.

O edifício Amata joga luz em questões de técnicas construtivas, legislação, benefícios físicos e emocionais empíricos.

O aço, vidro e concreto revolucionaram a construção mundial nos séculos XIX e XX, a madeira fará o mesmo pelo século XXI. Barreiras a transpor para esta transformação.

Chamadas na axonométrica:

Floresta Urbana

o prédio conforma uma nova paisagem onde se insere, integra a vegetação à estrutura, cria a sensação de uma mata na encosta.

Transpondo o modus operandi

O prédio Floresta Urbana representa uma inversão das práticas comuns à construção nas cidades, é o começo de um redirecionamento no rumo da construção civil mais sustentável e consciente.

Lajes mirantes

as lajes se escalonam acompanhando o desnível natural do terreno e criam pontos mirantes cota a cota.

Térreo hipermixidade

o nível térreo nesse projeto é de extrema importância já que marca o ponto comum entre os pavimentos superiores e inferiores. É nele que se concentra a maior diversidade de programas (café, lojas, livraria) a fim de atrair e irrigar o prédio todo.

Considerações

“Aqui está a história de um movimento global – o movimento da madeira da nova geração. Projeto após projeto, país após país, em todo o mundo, ele volta como evidência. Ela volta, porque sua história é a de um retorno – o edifício de madeira mais antigo, o templo Horyuji no Japão, data do século VII. Hoje, em um momento de consciência ecológica global, a madeira volta à tona. Seus promotores veem isso como uma chave essencial nos objetivos ambientais do milênio e planejam torná-lo o material de construção da cidade de amanhã. Uma revolução.”

Fonte: Revista Construa