Valor dos imóveis residenciais no Brasil ficam estáveis

Alta no mês foi de 0,04%; no acumulado de 12 meses, preços acumulam alta de 0,43% e permanecem com lenta tendência de recuperação nominal

O preço dos imóveis residenciais no Brasil aumentou 0,04% em agosto, retomando seu crescimento, após a leve queda observada no mês anterior. Os dados constam do Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), calculado pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), em parceria com o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Segundo a pesquisa, no acumulado de 12 meses, os preços dos imóveis residenciais permanecem com lenta tendência de recuperação nominal, registrando alta de 0,43% frente aos 0,30% observados em julho. No mesmo período, com exceção de Recife e Fortaleza, todas as capitais brasileiras tiveram melhores resultados na variação dos preços dos imóveis residenciais, com destaque para Belo Horizonte, que passou dos -0,12% em julho para +0,11% em agosto.

Na análise dos primeiros oito meses do ano, o destaque positivo fica por conta da cidade de São Paulo, que teve aumento de 1,01% no preço dos imóveis residenciais face ao mesmo período de 2017. Em contrapartida, na mesma base de comparação, o preço dos imóveis residenciais no Rio de Janeiro teve queda de 3,21% em 2018 com relação ao ano passado. Fortaleza foi a única das capitais onde se registrou uma aceleração do ritmo de queda (-0,28%).

O estudo estima, ainda, que a probabilidade de uma retomada mais vigorosa das variações dos preços dos imóveis residenciais no Brasil é relativamente pequena nos próximos meses, em razão de incertezas internas, como o cenário eleitoral e a política fiscal; e incertezas externas decorrentes de um cenário mundial menos favorável. Desta forma, “a trajetória mais provável para os preços dos imóveis residenciais até o final do ano continua sendo a de uma lenta convergência rumo à estabilização dos valores nominais”.

Fonte: Revista Construa