SindusCon-SP divulga nova projeção para crescimento do PIB da construção em 2022

O SindusCon-Sp realizou uma coletiva de fim de ano à imprensa em que divulgou uma nova projeção para o PIB da construção em 2022. A entidade revisou a taxa para cima e afirmou projetar crescimento de 7% até o fim de 2022, com expectativa de alcançar mais 2,4% em 2023.

Ao justificar o motivo da elevação nas expectativas para o próximo ano, o SindusCon-SP afirmou que o setor acredita em um cenário mais favorável em relação aos preços dos insumos, bem como no desempenho do mercado imobiliário — que, no últimos meses de 2022, teve boa performance mesmo com taxas de juros alta, desemprego e menor renda disponível das famílias.

Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia da instituição, contou que prevê um “ano de arrumação da economia, com muitos desafios, já que as previsões do início deste ano de todos os setores, inclusive as da construção, foram superadas, uma vez que no começo de 2022 as visões ainda estavam contaminadas pelos efeitos recessivos da pandemia.”

Em relação ao Minha Casa, Minha Vida, Zaidan comentou que o programa precisa estar inserido em um plano de recuperação fiscal, uma vez que não há espaço no orçamento federal para a contratação de habitações de interesse social. “No primeiro ano do governo eleito, haverá espaço para orientação de foco, buscando-se melhorar o programa nos anos seguintes”, afirmou.

“As decisões no mercado da construção não são tomadas rapidamente. Há angústia natural em relação a quem comporá a equipe econômica, é possível que se repita o desenho do primeiro governo Lula (um ministro político e técnicos nas diversas secretarias). Se o setor da construção não tomar decisões em dezembro, precisará tomá-las em janeiro”, complementou Zaidan.

Ele disse esperar que o emprego no setor ainda cresça em 2023, mas não na mesma proporção que em 2022. Por sua vez, Odair Senra, presidente do SindusCon-SP, comentou que por ora o setor está trabalhando para cumprir os contratos firmados e que esta atividade vai se prolongar em 2023.

Por fim, Maria Castelo, coordenadora de Projetos de Construção do FGV/Ibre, acredita em um cenário mais favorável aos segmentos de alta renda e habitação econômica, quanto às edificações. Ela projetou crescimentos de 5% para edificações, 4% para serviços da construção, 1% para infraestrutura e 1% para o chamado “consumo formiguinha” e autogestão.

Fonte: AECweb