Quais são os impactos da mão de obra nos custos do projeto?

Existe uma relação na construção civil que tem tudo a ver com o sucesso de um profissional ou empresa da área: a sua capacidade de manter o custo de obra o mais baixo possível em relação ao máximo de qualidade.

Para atingir esse equilíbrio, a resposta está sempre no gerenciamento da mão de obra. Saber como se planejar para contratar, escolher os profissionais certos e entender o impacto deles no resultado do projeto são habilidades fundamentais para qualquer engenheiro.

Então, que tal entender melhor o assunto? Neste post, vamos discutir mais sobre o impacto da mão de obra nos custos e o que isso significa para o seu planejamento de mercado. Confira!

A relação entre mão de obra, planejamento e otimização de gastos

Pode ser que a construção civil seja uma área completamente automatizada um dia, mas esse ainda é um futuro distante, com o qual não podemos contar ainda.

O que a história do setor nos conta, o presente reforça e os próximos anos prometem é que a qualidade e a eficiência da engenharia ainda estão muito atreladas à capacidade de seus profissionais.

Saber escolher bem garante não só uma boa execução desde a fundação até o acabamento. Trata-se também de um trabalho de buscar eficiência na produtividade, menos gargalos com imprevistos e a resolução de obstáculos na obra com velocidade e o mínimo possível de danos — para o resultado e para o cronograma.

Ou seja, contratar também exige planejamento e este contribui muito para a otimização dos custos de obra. Saber escolher e gerenciar a mão de obra é, por um lado, uma forma de encontrar os melhores talentos a um preço compatível com o seu orçamento e, por outro, permitir que esses profissionais contribuam ainda mais economizando recursos, agilizando processos e diminuindo qualquer chance de retrabalhos.

Dicas para planejar sua mão de obra com um impacto positivo

Como você pode ter esse tipo de resultado com a sua mão de obra? A resposta de todo tipo de gestão, independentemente do setor ou da finalidade, está sempre no planejamento.

Portanto, vamos listar algumas dicas simples e práticas que podem dar à sua equipe os números e as habilidades necessárias em uma busca por mais qualidade em menores prazos.

Tenha precisão e detalhamento no seu orçamento

Um grande fantasma para profissionais e construtoras é o risco do dinheiro planejado a ser gasto ser insuficiente. Se isso acontecer, provavelmente é porque não houve a definição correta de um orçamento de obra e um planejamento detalhado e preciso de como os recursos seriam gastos.

Portanto, para planejar a sua força de trabalho, você precisa ter uma boa ideia de quanto pode gastar e por quanto tempo. Esse é o primeiro passo — e é muito importante —, já que ele rege a sua busca por profissionais a partir desse momento.

Priorize a mão de obra estratégica

Dependendo da natureza e do estágio da construção, a expertise de algumas especializações na área é mais importante que outras. É preciso ter sensibilidade para entender isso e saber quando trazer ou liberar certos profissionais para manter o orçamento controlado e mesmo assim otimizar a construção.

Por exemplo: é muito melhor investir em alguns profissionais capacitados que sabem otimizar e agilizar seus processos do que em várias pessoas sem essa especialização e que não têm tanta objetividade para aquela tarefa. Eficiência sempre ganha da quantidade.

Controle a operação e a logística

Para um impacto positivo na construção, só ter as pessoas certas não é o suficiente: você precisa garantir que elas tenham condições de trabalho e ferramentas adequadas.

Isso é feito apostando na gestão da operação e da logística em uma obra. Muitas vezes, o simples fato de trazer um material para mais perto de onde ele será utilizado faz a obra ganhar dois ou três dias à frente do prazo. Atenção aos detalhes é fundamental.

A influência desse planejamento no custo de obra

Preocupar-se tanto assim com planejamento e gestão realmente interfere no seu resultado? Se você tem experiência no ramo, sabe que sim.

Mas podemos reforçar melhor esse ponto com uma última discussão: qual é a diferença entre mão de obra qualificada e desqualificada nos custos de obra e no resultado do projeto? Veja a seguir.

Custo de mão de obra no projeto em situações normais

Primeiramente, precisamos definir o que engloba a mão de obra em uma construção. Geralmente, ela se divide em direta (MOD) e indireta (MOI).

Enquanto a mão de obra direta é aquela que diretamente constrói, a indireta é aquela que permite que o trabalho seja feito da melhor forma possível. Portanto, o cálculo das duas é importante para analisar o impacto no cronograma.

MOD é calculado, geralmente, pela divisão entre o tempo estimado para conclusão e o dinheiro disponível no orçamento, gerando um cálculo de pagamento/hora.

Já o MOI é um pouco mais complexo e vai exigir sua previsão de serviços necessários e pesquisa de contratos de fornecimento e terceirização.

Unindo os dois, você tem uma ideia bem aproximada do quanto pode gastar com mão de obra e iniciar, a partir daí, o planejamento em busca dos profissionais de que precisa.

Custo da mão de obra qualificada x desqualificada

Mão de obra qualificada custa mais caro, isso é inegável. Mas será que isso é ruim? Quantas obras você já viu ter problemas de qualidade e quebra de prazo devido ao trabalho malfeito de um profissional despreparado ou à dinâmica ruim entre os trabalhadores?

Uma mensagem importante que fazemos questão de deixar aqui é que nem sempre gastar menos significa economizar, por mais que isso pareça contraditório.

Como dissemos acima, profissionais mais capacitados podem utilizar ferramentas e processos mais otimizados, que agilizem seu trabalho e adiantem a obra. Profissionais atualizados conhecem novas formas de realizar serviços com mais qualidade, utilizando tecnologia e inovação.

Portanto, quando for planejar sua mão de obra com base no seu orçamento, lembre-se dessa dica que estamos dando. O custo de obra pode parecer maior a princípio, mas o ganho potencial de tempo, material e processos pode representar uma economia incrível acumulada no fim da construção.

Fonte: Blog Belgo Bekaert