Mercado sul-americano deve movimentar US$ 7,1 bi em equipamentos no ano
Mais de 50 mil equipamentos de construção, com um valor de US$ 7,1 bilhões, serão vendidos na América do Sul este ano, de acordo com dados de um novo serviço lançado pela Off-Highway Research, especializada em pesquisa e previsão de mercado.
Os dados abrangem Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Peru, cinco países que, segundo a empresa, respondem atualmente por 95% das vendas de equipamentos na América do Sul.
De acordo com a Off-Highway Research, o ritmo arrefeceu em relação ao recorde de 62,3 mil máquinas no ano passado, quando o mercado valia US$ 8,5 bilhões.
No entanto, ele prevê que a procura deve se manter em níveis historicamente elevados este ano e mesmo no médio prazo.
“De forma semelhante à maioria dos mercados ao redor do mundo, a América do Sul teve uma recuperação muito forte nas vendas em 2021 e 2022″, afirmou o diretor-geral da Off-Highway Research, Chris Sleight.
“Agora, a demanda está esfriando para níveis mais sustentáveis, mas 2023 ainda deve ser o segundo ou terceiro melhor ano para vendas de equipamentos de construção na região, que há uma década não atingia níveis comparáveis”, destacou.
Segundo Sleight, a recuperação das vendas de equipamentos de construção na América do Sul tem sido impulsionada pelo ressurgimento do Brasil, que no ano passado representou quase 70% do mercado total de equipamentos do continente.
De acordo com o novo relatório especial da Off-Highway Research sobre o Brasil, a recuperação tem sido impulsionada por uma combinação de investimentos governamentais em infraestrutura com preços em alta das matérias-primas, que estimulam a procura por produtos minerais e agrícolas.
“Com exceção da Argentina, onde a inflação galopante constitui uma trava enorme ao crescimento, estamos razoavelmente otimistas em relação à América do Sul”, acrescentou Sleight.
“Prevemos um crescimento econômico moderado em toda a região e preços estáveis para os próximos anos, o que será propício para manter o mercado de equipamentos em cerca de 50 mil máquinas por ano”, estimou.