Especialistas dos setores de comércio, construção civil e indústria avaliam Reforma Tributária

A Reforma Tributária foi votada ontem (8) no plenário do Senado Federal.  Na última terça-feira (7), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, por 20 a 6, o texto-base da reforma, que teve como relator, o senador Eduardo Braga (MDB-AM).

A Reforma Tributária unifica cinco tributos que hoje incidem sobre o consumo. Eles serão reunidos no imposto sobre valor agregado (IVA), como acontece na maior parte dos países. Esse IVA será dividido em dois: o imposto federal se chamará Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e vai unificar os tributos PIS, Cofins e IPI. O imposto estadual vai se chamar Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e vai reunir o ICMS (estadual) e ISS (municipal).

Especialistas dos setores de comércio e serviço; indústria e construção civil, avaliam o impacto da reforma nas áreas. De acordo com o economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), Rafael Lima, a Reforma Tributária afeta, principalmente, o setor de serviços, porque é uma proposta que visa unificar cinco tributos que hoje incidem sobre o consumo reunidos no IVA.

“Como a cadeia de valor do serviço é curta, então ela [a reforma] promete onerar um pouco mais nestes segmentos com produtos de valor agregado menor. No setor de serviços, promete onerar um pouco mais. O comércio, de certa maneira também, e vai desonerar principalmente a indústria que tem um valor agregado mais alto e se dilui sobre toda a cadeia de produção”, explicou o economista.

“Há promessas de não onerar tanto assim com algumas propostas da própria Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que é observar melhor esse segmento, que é o segmento que mais emprega no Brasil, então seria uma reforma com esse olhar especial para o setor que mais emprega”, frisou Rafael.

Ainda de acordo com ele, apesar da preocupação do setor enquanto a oneração, a expectativa dos empresários para a reforma é positiva, principalmente por tirar o “somatório tributário” que é o Brasil, simplificando os tributos.

“O olhar é positivo e ele impacta principalmente nessa parte de tributação, ou seja, o empresário que antes tinha que comprar consultorias para saber quanto seria a alíquota e quanto teria que pagar vai simplificar muito mais para eles uma vez que será um imposto único e ele vai saber exatamente quanto vai precisar pagar para o leão”, comentou o economista.

Fonte: Folha Pernambuco