Construção civil puxa demanda por alumínio no Brasil em 2024, com alta de quase 22%

O setor da construção civil liderou o consumo de alumínio no Brasil em 2024, com participação de 21,9% na demanda nacional, o que representa 332 mil toneladas. Os dados são da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). Em 2023, o segmento respondia por 9,8% do total, com 273 mil toneladas.
O crescimento reflete tanto o aquecimento da construção civil nos últimos três anos quanto o aumento da exigência por soluções sustentáveis em projetos. Segundo a ABAL, o alumínio tem se destacado em fachadas, esquadrias e sistemas de ventilação, devido à sua leveza, resistência à corrosão e durabilidade — atributos ideais para construções que priorizam a eficiência energética e o respeito ao meio ambiente.
Outro fator que impulsionou o consumo foi a expansão do crédito imobiliário e a retomada de projetos com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
O consumo total de produtos de alumínio no Brasil em 2024 chegou a 1,8 milhão de toneladas, o maior volume já registrado, com avanço de 13,5% em relação ao ano anterior (1,6 milhão de toneladas). A expectativa da ABAL é de crescimento adicional de 4,1% em 2025.
“O crescimento do consumo de alumínio em setores estratégicos reforça o papel do metal como alicerce de uma economia mais sustentável, inovadora e eficiente. A indústria brasileira está preparada para atender a essa demanda com alto desempenho e responsabilidade ambiental”, afirma Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL.