CNI: 85% das indústrias já desenvolvem práticas de economia circular

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Centro de Pesquisa em Economia Circular da Universidade de São Paulo (USP), produzida este ano junto à base industrial, revelou que 85% das indústrias no Brasil desenvolvem pelo menos uma prática de economia circular – sistema em que o modo de produção é redesenhado para permitir um fluxo circular dos recursos, minimizar os resíduos e contribuir para o desenvolvimento sustentável.

“A transição para a economia circular não é apenas uma aspiração, mas uma realidade em constante evolução na indústria, que tem demonstrado um compromisso crescente com a adoção de práticas circulares”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.

A pesquisa ouviu 253 indústrias de transformação e construção entre 17 de maio e 30 de julho de 2024. Ao implementar práticas circulares, 68% dos empresários afirmaram que as medidas contribuem para a redução de gases de efeito estufa e, consequentemente, para o combate às mudanças climáticas.

Segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa, iniciativa do Observatório do Clima, o setor de resíduos foi responsável por 4% (91,3 milhões de toneladas) das emissões de CO2 no Brasil, em 2022.

Para o diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz, as práticas contribuem para uma transição para a economia de baixo carbono. “É menos emissão de gases de efeito estufa, menor extração de novos recursos, melhor uso de energia. Então, as empresas reduzem a pegada de carbono da atividade industrial e evitam agravar outras questões, como a redução da vida útil dos aterros”, avalia Muniz.

Considerando o comprometimento da indústria no desenvolvimento da economia circular, a pesquisa mapeou as práticas mais avançadas. Para isso, as empresas indicaram as medidas que vêm adotando. Metade das indústrias disseram ter programas de sustentabilidade, 42% desenvolvem produtos que podem ser recuperados, 42% substituem material virgem por material reciclado, 40% fazem reúso de efluentes tratados na produção, 31% reciclam materiais e 26% praticam a logística reversa.

Fonte: Metropoles