Ceará tem crescimento de 6% na produção industrial em fevereiro

A produção industrial no Ceará registrou alta de 6,0% em fevereiro, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional). O levantamento foi divulgado hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda segundo a pesquisa, 11 dos 15 locais analisados registraram alta, mesmo após recuo de 2,2% em janeiro devido, principalmente, a férias coletivas, muito comuns para esse período do ano.

Os principais destaques em fevereiro foram:

  • Pará (23,9%)
  • Pernambuco (10,2%)
  • Amazonas (7,8%)
  • Minas Gerais (7,3%)
  • Ceará (6,0%)
  • Região Nordeste (5,1%)
  • Bahia (3,4%)
  • Goiás (1,4%)
  • Paraná (1,3%)
  • Santa Catarina (1,1%)
  • São Paulo (1,1%)

Segundo o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, o Pará se destacou principalmente pelo desempenho positivo do setor extrativo.

“Trata-se de um movimento compensatório em relação ao mês anterior, uma vez que em janeiro houve grande volume de chuvas impactando a produção e o escoamento do minério de ferro. Esse crescimento do Pará é o mais intenso desde abril de 2019, quando chegou a 54,8% de alta. O estado vem de dois meses de resultados negativos com uma perda acumulada de 17,6%, agora eliminada com o crescimento de fevereiro” explicou.

Alimentos e transporte

A alta em Pernambuco deve-se ao setor de alimentos, em especial o açúcar, e ao setor de outros equipamentos de transporte com aumento da produção de embarcações e peças para motocicletas. O estado também vem de dois meses negativos com perda de 7,6%. No Amazonas, o aumento é devido aos setores de bebidas e informática.

O crescimento de São Paulo se baseia no desempenho dos setores de veículos e o de outros equipamentos de transportes. “São Paulo responde por aproximados 34% do parque industrial nacional, mas está 2,3% aquém do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e 24,2% abaixo do patamar mais alto, atingido em março de 2011”, disse o pesquisador.

No campo negativo, na passagem de janeiro para fevereiro, Mato Grosso lidera como principal influência negativa sobre o resultado nacional, com queda de 4,4%, após quatro meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 32,8%.

Para o IBGE, a queda vem do setor de alimentos, o mesmo que, nos meses anteriores, vinha trazendo crescimento com o fim do embargo da China à importação de carnes brasileiras. “Em fevereiro, vimos apenas uma redução na produção para adequação estratégica entre oferta e demanda”, afirmou Almeida.

No acumulado do ano, houve queda em nove dos 15 locais, com destaque para Ceará (-20,1%) e Pará (-14,5%). “Ainda é cedo para analisarmos o resto do ano, mas podemos observar uma desaceleração da produção. No início de 2021, ainda tínhamos um caráter compensatório e a base de comparação era mais baixa que o período atual”, afirmou o analista da PIM Regional.

Fonte: Diário do Nordeste