Banco Central reduziu a projeção da inflação e aumentou a previsão para o PIB

egundo o Boletim Focus publicado nesta segunda-feira (3), o Banco Central (BC) acaba de reduzir a projeção da inflação (de 5,88% para 5,74%) e aumentar a previsão para o PIB (de 2,67% para 2,70%). A instituição reúne e apura as expectativas de instituições para os principais indicadores econômicos — em especial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país.

A previsão para 2022 ainda está acima do teto da meta de inflação — de 3,5% para este ano, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (mínimo de 2% e máximo de 5%) —, definida pelo Conselho Monetário Nacional e que deve ser alcançada pelo BC. Para 2023, a estimativa de inflação ficou em 5%. Para 2024 e 2025, as previsões são de inflação em 3,5% e 3%, respectivamente.

Em agosto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou deflação de 0,36% no IPCA, após declínio de 0,68% em julho. Assim, o indicador acumula alta de 4,39% no ano e de 8,73% em 12 meses. Para setembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação, também teve recuo, de 0,37%.

TAXA DE JUROS

A taxa Selic, principal instrumento do Banco Central para alcançar a meta de inflação, por sua vez, ficou em 13,75% ao ano. Esse é o maior nível da taxa básica de juros desde janeiro de 2017, quando também registrou o mesmo resultado.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano nesse patamar. Para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 11,25% ao ano. Já para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 8% ao ano e 7,75% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Para 2023, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) — a soma de todos os bens e serviços produzidos no país — é de crescimento de 0,53%. Para 2024 e 2025, a projeção é de expansão do PIB em 1,7% e 2%, respectivamente.

Fonte: AECWeb