Vendas globais de equipamentos mantêm o ritmo

Nos últimos anos, as fabricantes de equipamentos de construção vêm enfrentando uma inédita conjunção de fatores no cenário global, incluindo custos crescentes dos preços de suprimentos e na produção, falta de trabalhadores e gargalos na cadeia logística, entre outros.

A Yellow Table (ranking anual produzido pela publicação britânica International Construction, que compila as vendas das 50 maiores OEMs do mundo) traz a lista referente ao ano de 2022 (confira abaixo).

A atual compilação segue-se aos excelentes resultados do ano anterior (2021), em que a indústria de máquinas apresentou os melhores índices de rentabilidade já registrados pela Yellow Table.

E, nesta edição, não houve mudanças significativas nos valores globais movimentados pelo setor, que chegaram a US$ 230,6 bilhões no acumulado, ou apenas 0,4% abaixo do ano anterior, que fechou com US$ 232,7 bilhões.

No que se refere às vendas de equipamentos, todavia, o ano de 2022 trouxe grandes desafios para as fabricantes, aponta a publicação.

Um deles ocorreu na China, com uma queda das vendas maior que no resto do mundo devido ao impacto da pandemia, após os resultados terem crescido em 2020 e mantido o ritmo em 2021 por meio de estímulos.

No entanto, ao cessar-se o incentivo, alinhado à política de covid-zero adotada no país, as vendas caíram de forma acentuada para a maioria das OEMs no mercado chinês em 2022.

O que equilibrou a balança foi o fato de que as vendas cresceram em muitos dos principais mercados, incluindo Europa, Índia e América do Norte, com fortes desempenhos.

Participação percentual de mercado com base nos resultados das companhias incluídas na tabela

A consultoria Off-Highway Research estima que as vendas tenham subido 8% no ano passado, um resultado ilustrado pelo desempenho da primeira colocada do ranking, que mais uma vez aponta a Caterpillar na liderança.

As vendas da divisão de construção da Cat saltaram de US$ 32 bilhões para US$ 37 bilhões na tabela de um ano para o outro, enquanto a segunda colocada (Komatsu), a terceira colocada (XCMG) e as demais companhias da lista também avançaram.

Com isso, o Top 3 manteve-se inalterado em relação ao ano anterior.

Para 2024, a expectativa é de que haja declínio no total de vendas registrado pela tabela. A projeção é de que as vendas caiam 7% neste ano, mas o total de máquinas vendidas globalmente deve permanecer acima de 1 milhão de unidades.

Confira abaixo a lista com as 50 maiores fabricantes do mundo em 2023, segundo a International Construction.

Fonte: RevistaMT