Como fruto do avanço do mercado imobiliário, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 em relação à construção civil cresceu 2%, o que representa um cenário bastante otimista para os engenheiros.

Em 2020, a tendência é que o setor apresente crescimento ainda maior; estima-se que o crescimento do setor no Produto Interno Bruto chegue a 3%.

Tais dados foram divulgados em dezembro de 2019 pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon – SP), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O avanço do PIB da construção civil no passado se deveu, principalmente, ao consumo das famílias, e as atividades empresariais ficaram em segundo plano. O levantamento mostrou que a alta de 2,0% do PIB da construção em 2019 foi composta por, aproximadamente:

– autoconstrução e reformas (3,0%);

– serviços especializados para obras (2,5%);

– infraestrutura (1,0%);

– edificações (0,0%).

O segmento da infraestrutura teve crescimento muito baixo por conta das poucas obras de grande porte em andamento – isso se deveu principalmente à escassez de recursos dos cofres públicos.

Contudo, não desanime ainda: os avanços econômicos apresentados no Brasil afetarão também o índice de obras de grande porte, que tende a aumentar em 2020, ainda que não supere o volume de obras de autoconstrução e reformas.

Com o cenário mais favorável do mercado da construção civil, a quantidade de pessoas empregadas cresceu 1,59% na comparação dos dez primeiros meses de 2019 com o mesmo período de 2018, com a abertura de 36,5 mil postos de trabalho.

Os engenheiros civis, finalmente, podem voltar a ter esperanças concretas de que o setor está crescendo no país, gerando mais oportunidades de emprego e tendo impactos na economia do Brasil como um todo!

Esta é uma pergunta muito comum, principalmente por causa das declarações do Ministro da Economia, Paulo Guedes, em meados do ano de 2019, no contexto do que o Ministro nomeou de “inchaço da máquina pública”.

Gostaríamos de esclarecer: os concursos públicos não vão deixar de existir. Primeiramente, o Governo Federal não possui ingerência sobre os concursos estaduais e municipais, de modo que as declarações do Ministro não os afetam diretamente.

O Decreto Presidencial nº 9739 de 28 de março de 2019, no seu artigo 27, I, define que a competência para autorizar a realização de concursos públicos nos órgãos e nas entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional é do Ministro da Economia. Neste rol não estão inclusos os concursos municipais e estaduais.

No ano de 2019, publicamos centenas de editais de concursos municipais e estaduais.

Além disto, existe uma questão de ordem lógica: não deixa de ser necessária, periodicamente, a contratação de servidores públicos, mesmo federais, para que a máquina pública funcione e o Estado atenda às suas funções.

Tendo isso em mente, não desanime, pois o mercado da construção civil está crescendo nitidamente e 2020 promete muitos concursos públicos.

Fonte: editora2b