Tendência de recuperação gradual no preço de imóveis

No primeiro mês de 2018 uma continuidade da tendência de recuperação dos preços nominais de imóveis residenciais continuou a se desenhar. A constatação é resultado o indicador IGMI-R da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), cuja pesquisa considera os valores dos imóveis vendidos por meio de financiamentos. Essa reação foi iniciada na segunda metade do ano anterior, conforme a entidade. A variação do índice no mês mostrou uma pequena elevação (0,03%), que por sua vez acarretou em uma leve melhora na taxa acumulada em 12 meses (-0,36% contra os -0,60% em dezembro de 2017). Duas das nove capitais pesquisadas pelo índice registraram acelerações nas taxas de variação acumuladas em 12 meses entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018: São Paulo (0,40% para 0,70%) e Salvador (0,24% para 0,41%). Duas outras capitais ainda apresentaram variações acumuladas em 12 meses negativas, porém em menor intensidade comparando-se com dezembro de 2017: é esse o caso de Fortaleza (-0,14% contra -0,29%) e Goiânia (-0,08% contra -0,46%).

Esta heterogeneidade com relação ao desempenho regional para a Abecip revela alguma volatilidade em torno de uma tendência de recuperação que ainda se configura de forma lenta no estancamento das quedas dos preços nominais dos imóveis residenciais ao longo do País. Para a Associação, esta dinâmica deve continuar ao longo do ano.

Eusébio em alta

A incorporadora Blue Star afirma que entregará o Office & Medical Center Eusébio ainda no primeiro semestre deste ano. O empreendimento está sendo projetado para ser um moderno edifício de alto padrão. Tem oito pavimentos (um subsolo, térreo e outros seis andares), 120 salas com tamanhos diferenciados de 32 a 47 metros quadrados e salas compartilhadas.

Influências

O mercado imobiliário tem recebido no momento as seguintes influências: de um lado a queda nas taxas de juros, o baixo nível da inflação, e alguma recuperação no mercado de trabalho, pontos que colaboram para uma reação potencial do setor. De outro, existe a indefinição do quadro político, que continua encurtando o horizonte de planejamento, associado à incerteza dos efeitos do adiamento das reformas para equacionar o quadro fiscal, que também depende do governo.

Locação avança

As locações no mercado de Fortaleza tiveram um bom janeiro, segundo a administradora Apsa, com crescimento de 3% em comparação a igual mês de 2017, e 29%, em relação a dezembro. A variação mensal aguda é normal, segundo a gerente de imóveis Micheline Aires. “Historicamente, janeiro é um mês de volume maior de negociações”, explica. A Apsa tem mapeado as áreas mais procuradas com o respectivo perfil de imóvel para manter a demanda aquecida.

Vendas de cimento em 2018

A perspectiva para o mercado de cimento em 2018 é positiva. Segundo o Presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), Paulo Camillo Penna, o desempenho alcançado em janeiro está em linha com as expectativas de reação da demanda do setor neste ano. A análise considera também os dados preliminares do Snic os quais revelam que as vendas internas de cimento no Brasil totalizaram 4,3 milhões de toneladas em janeiro de 2018, com queda de 0,1% em relação a janeiro de 2017.Nos últimos 12 meses ( de fev. 2017 a jan. 2018), a comercialização do produto totalizou 53,8 milhões de toneladas, 6,2% menor do que nos 12 meses anteriores (fev. 2016 a jan. 2017). Mas, na comparação por dia útil, considerado melhor indicador da indústria por considerar o número de dias trabalhados, as vendas do produto no mercado interno em janeiro apresentaram aumento de 0,2% em relação a dezembro de 2017 e queda de 0,1% sobre janeiro de 2017.

Fonte: Diário do Nordeste