A combinação entre mercado imobiliário e construção civil deve injetar cerca de R$ 417 bilhões na economia brasileira até o fim de 2025, segundo dados da Pesquisa IPC Maps, referência em estudos sobre potencial de consumo há mais de três décadas.
De acordo com o levantamento, as famílias brasileiras devem gastar mais de R$ 287 bilhões em materiais de construção e mão de obra para reformas, além de aproximadamente R$ 130 bilhões na compra de imóveis.
São Paulo puxa o consumo no setor
O estado de São Paulo ocupa a liderança nacional, respondendo por quase R$ 118,5 bilhões das despesas. Na sequência aparecem:
- Paraná: R$ 48,2 bilhões
- Minas Gerais: R$ 42,2 bilhões
- Rio de Janeiro: R$ 27,7 bilhões
Esses quatro estados concentram parte significativa do consumo nacional em construção e habitação, reforçando sua relevância na dinâmica econômica do país.
Abertura de empresas cresce pouco, mas fechamento de MEIs preocupa
Embora o volume de consumo seja expressivo, o ritmo de expansão empresarial no setor é mais modesto. Entre 2024 e 2025, foram abertas 48.561 novas unidades, um avanço de apenas 2,2%, totalizando 2,24 milhões de estabelecimentos no Brasil.
O destaque negativo, porém, está no fechamento de Microempreendedores Individuais (MEIs), que caiu 6,5% no comércio varejista e 0,8% na indústria da construção. O dado acende alerta sobre a sustentabilidade dos pequenos negócios no setor, mesmo diante do aquecimento do consumo.
