Projetos de infraestrutura podem ser classes de ativos

Na prática, a intenção é fazer as fontes de recursos serem mais pulverizadas, incluindo o mercado de capitais, alavancar os investimentos de instituições financeiras multilaterais, que poderão diversificar sua atuação, e diluir os riscos.

O grupo das 20 maiores economias do mundo – G-20 deu mais um passo em sua reunião financeira neste fim de semana em direção ao plano de transformar projetos de infraestrutura em classe de ativos.

Na prática, a intenção é fazer as fontes de recursos serem mais pulverizadas, incluindo o mercado de capitais, alavancar os investimentos de instituições financeiras multilaterais, que poderão diversificar sua atuação, e diluir os riscos.

O andamento dessa proposta é visto com bons olhos pelo governo brasileiro, que tem a ampliação da infraestrutura doméstica como um de seus campos de atuação.
“A iniciativa do G-20 reforça a prioridade brasileira de alavancar investimentos em infraestrutura com recursos privados”, comemorou o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Erivaldo Gomes.

“Dados os limites fiscais que temos, precisamos colocar o setor privado no setor de infraestrutura no Brasil”, acrescentou ele durante reuniões em Fukuoka, Japão, em que os ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais aprovaram princípios de investimento de qualidade em infraestrutura.
O pontapé da iniciativa foi dado na edição anterior, na Argentina, e, durante os dois dias de reunião no Japão, os anfitriões bateram forte no ponto de que é preciso apresentar produtos de qualidades.

Com a abundância da liquidez no mercado internacional, tanto os investidores têm interesse em diversificar suas aplicações quanto os países enxergam a oportunidade de buscar esses recursos para recompor ou ampliar suas malhas domésticas.
O consenso, no entanto, é o de que faltam projetos de qualidade no mercado. Isso significa que os esboços devem incluir, além das questões técnicas, itens de governança, transparência, ambientais e sociais, entre outros. Esses pontos foram discriminados em um documento acordado no último domingo por meio de divisões como “Maximização do impacto positivo da infraestrutura

Fonte: Revista Construa