Projeção da inflação e previsão para o PIB crescem em novembro

Segundo o Boletim Focus publicado na última segunda-feira (28) — veículo em que são anunciados os resultados da pesquisa semanal, realizada pelo Banco Central (BC) —, a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu de 5,88% para 5,91% para este ano.

A apuração, que reúne as expectativas de uma série de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos, também trouxe dados sobre as projeções acerca do IPCA para os próximos anos. Para 2023, a projeção da inflação ficou em 5,02%. Para 2024 e 2025, as previsões são de inflação em 3,5% e 3%, respectivamente.

Tanto a previsão para o fim de 2022 quanto para o ano de 2023 estão acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional, a meta, para este ano, é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima (máxima de 5%) ou para baixo (mínima de 2%).

Para 2023 e 2024, as metas fixadas são de 3,25% e 3%, respectivamente, também com os intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima (4,75%) ou para baixo (1,75%).

Em outubro, a inflação subiu 0,59%, após três meses de deflação. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,7% no ano e 6,47% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para novembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação, também teve aumento de 1,17%.

TAXA DE JUROS

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano nos mesmos 13,75%. Para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 11,5% ao ano. Já para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 8,25% ao ano e 8% ao ano, respectivamente.

PIB

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano, por outro lado, teve variação positiva, de 2,8% para 2,81%. Para 2023, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) — a soma de todos os bens e serviços produzidos no país — é de crescimento de 0,7%. Para 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,7% e 2%, respectivamente.

Fonte: AECweb