PIB da construção deve subir 3,8% em 2021
De acordo com a Sondagem da Construção da FGV/Ibre, todos os indicadores da média do índice de atividades mostram a retomada da construção, mas ainda irão apresentar variação negativa no ano.
O PIB – Produto Interno Bruto da construção brasileira deverá fechar o ano de 2020 com variação negativa de -2,5% na comparação com 2019.
No entanto, em 2021, a construção deverá crescer 3,8%. As projeções foram apresentadas pelo presidente do SindusCon-SP, Odair Senra, e pelo vice-presidente de Economia da entidade, Eduardo Zaidan em entrevista coletiva virtual à imprensa no dia 1º de dezembro.
Segundo o presidente, uma grande preocupação do setor é o aumento dos preços dos materiais de construção que já estão refletindo nos custos das obras e a expectativa é que esse impacto avance pelo primeiro trimestre de 2021, podendo refletir na retomada do setor e consequentemente no nível de empregos.
A coordenadora de Projetos da Construção da FGV, Ana Maria Castelo, também participou do encontro.
O total de empregados com carteira assinada no setor em outubro de 2020 é de 2.305.334, o que representa um saldo líquido no ano até outubro (admissões – demissões) de 138,4 mil trabalhadores.
Na variação em 12 meses, no acumulado do ano até outubro, as vendas de cimento cresceram 10,1% comparado ao mesmo período do ano passado.
O volume de vendas de materiais de construção no varejo acumula alta de 7,8% no ano, enquanto a produção tem queda de 4,7%.
2021
Entre as principais ameaças para o setor em 2021, a situação fiscal do país é a mais relevante somada à ausência de reformas.
“Essas lacunas nos levam a uma expectativa de baixo crescimento no próximo ano, o que está diretamente ligada à lenta recuperação do mercado de trabalho e da renda”, afirma Zaidan.
Além disso, para o vice-presidente do SindusCon-SP, o cenário para 2021 aponta uma nova onda global da Covid-19, que desencadeará uma recuperação frágil da economia mundial impactando diretamente nos principais indicadores econômicos.
Covid-19 no Estado de São Paulo
Embora não totalmente imunes, os canteiros de obras continuam resistindo ao expressivo crescimento do número de casos de Covid-19 no Estado de São Paulo.
É o que mostra a 29ª Pesquisa “Conhecendo as Ações das Construtoras Paulistas no Combate à Covid-19”, realizada semanalmente por SindusCon-SP e Seconci-SP.
Os casos suspeitos oscilaram de 0,08% para 0,10% do número de trabalhadores; e os confirmados, de 0,04% para 0,05%.
O canteiro de obras continua sendo um local que possibilita medidas eficazes de controle da doença, observa o presidente do SindusCon-SP.