Otimismo tecnológico

A fabricante de caminhões Scania aposta na tecnologia e na indústria 4.0 para o desenvolvimento dos novos produtos, tendo como resultado o crescimento do mercado brasileiro no segmento, especialmente o de pesados e semipesados

Com o lançamento da Nova Geração de caminhões em 2018, a Scania tem como expectativa um cenário positivo para a empresa em 2019, mesmo ainda em meio as incertezas do mercado, da política e da economia brasileira.

Apresentado oficialmente em outubro do ano passado, a Nova geração dos caminhões Scania vem impulsionando a produção de sua fábrica, localizada em São Bernardo do Campo, SP, que passou por uma modificação, dentro da indústria 4.0, já contabilizando três mil pedidos feitos no último trimestre de 2018.

Segundo Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania no Brasil, o mercado de caminhões acima de 16 toneladas, que incluem semipesados e pesados, deverá crescer entre 10% e 20%.

“Com a questão econômica se consolidando, acredito que estaremos mais perto dos 20%”, comenta Munhoz. “De uma forma geral, o mercado de 2018 para esse segmento foi de em torno de 53 mil unidades e a Scania tem como desafio acompanhar o mercado. No ano passado, foram emplacados 8.643 caminhões Scania, e para esse ano esperamos passar dos 10 mil”, complementa. Em 2018, a participação da Scania nesta categoria chegou a 16,4%.

Para o executivo, o setor de caminhões dará continuidade ao movimento de recuperação ao longo de 2019, tendo como grande motivador a atividade agrícola, que registrou uma safra recorde ano passado o que gerou a necessidade de renovação de frotas de muitos clientes, motivando a venda de caminhões pesados no final de 2018 e início de 2019.

“O agronegócio continuará como destaque, contabilizando encomendadas de mais de 1 mil unidades da Nova Geração para o transporte de grãos em 2019.”

Segundo Munhoz, a expectativa do mercado vai além do agronegócio, aguardando as medidas concretas da economia com expectativas da volta de segmentos que estavam parados há algum tempo, como o varejo e o industrial.

“Esses dois setores demandam muita movimentação de carga e isso faria com que as vendas de caminhões crescessem mais do que esperado, mas, isso ainda é uma incógnita”, complementa.

Na parte de motores, que incluem os industriais, marítimos, e para a geração de energia, explica Munhoz, a perspectiva de crescimento em 2019 é entre 15% a 20% em todos os segmentos, apostando no motor de 13 litros, o DC13093A de 736hp (625kVA), produzido nacionalmente.

Na parte de serviços, a Scania, comenta Roberto Barral, vice-presidente das Operações Comerciais da Scania no Brasil, a fabricante afirma que cerca de 40% dos veículos novos comercializados saíram com algum contrato de manutenção.

Fonte: Revista Construa