Metaverso eleva a experiência de consumo na construção civil
A experiência de adquirir um imóvel promete passar por uma revolução já no curto prazo. Com a ampliação do metaverso, um mundo virtual que propõe replicar de forma potencializada o mundo físico, a forma como a construção civil habituou-se a apresentar seus empreendimentos deve alcançar um novo patamar.
O showroom, o imóvel mobiliado que serve de modelo para o cliente, ainda é capaz de atrair a atenção de clientes e curiosos ao local da construção ou mesmo a uma feira do setor, mas há um limite inusitado: é necessário sair de casa. Essa barreira caminha a passos largos para ser derrubada definitivamente.
“Hoje já é possível conhecer um imóvel sem sair de casa”, explica Alexandre Souza, engenheiro civil CEO da Projelet. “Mas a tecnologia vem dando mostras ainda mais incríveis do quanto a realidade aumentada poderá oferecer em termos de inovações satisfatórias para o cotidiano que só conhecemos no mundo real”, complementa.
Segundo ele, um empreendimento imobiliário vai muito além do apartamento. No metaverso, é possível ver a fachada de frente, entrar no prédio, conhecer de perto a área social, o elevador, a vaga da garagem.
“E isso acompanhado de um corretor de imóveis ou de um representante da própria construtora para fazer a apresentação de cada espaço”, sugere.
Por meio de parcerias, diz, como fabricantes de móveis, por exemplo, será possível remontar o imóvel usando um acervo mobiliário para cada cômodo, ao gosto do cliente.
“A experiência de conhecer por completo um produto altamente personalizado, apesar de ainda não estar pronto, é uma realidade perfeitamente verossímil com o metaverso”, comenta diz o CEO da Projelet.
Souza faz questão de ressaltar que a construção civil será revolucionada pelo metaverso, mas esse novo mundo está longe de ser o primeiro grande passo do setor.
O BIM é um sistema que já traz muitos dos potenciais do metaverso, sendo aplicado já há alguns anos pelas melhores empresas de engenharia do país.
“Suas potencialidades são em certa medida próximas daquilo que o metaverso oferece, à exceção da necessidade do deslocamento, já que nem todo usuário comum dispõe dos meios necessários para rodar o BIM em sua casa”, compara.