Mercado imobiliário fecha o primeiro trimestre do ano com alta em vendas e locação
Creci SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) divulga pesquisa com os dados sobre a venda e locação de imóveis em todo o Estado de São Paulo durante o primeiro trimestre do ano de 2022. De acordo com o Creci SP, mais de 1500 imobiliárias são consultadas, mensalmente, compartilhando informações de negociações e variação dos preços de mercado.
O trimestre fechou com saldo positivo em locação e vendas para o mercado imobiliário no estado. O saldo foi de 11,52% em vendas de imóveis e 33,38% em locação no mês de março. Destaque para a venda de imóveis usados que tiveram uma alta de 20,72%, e a locação residencial, que ficou com aumento de 5,9%, durante o terceiro mês do ano, fazendo que os dois segmentos fechassem o trimestre com resultado positivo.
“Inflação, desemprego e juros em alta, superando os três dígitos, não impediram o crescimento porque morar é uma necessidade básica fundamental e que ainda é acessível ao menos para a parcela da população que permanece ocupada ou dispõe de algum tipo de renda”, explicou José Augusto Viana Neto, presidente do Creci SP.
No entanto, Viana Neto afirma que “resiliência estrutural” dos segmentos de imóveis usados e locação residencial podem não se sustentar nos próximos meses, caso a crise econômica se intensifique e imóveis menores, mais compactos e distantes de áreas valorizadas devem ser procurados com mais intensidade.
De acordo com as imobiliárias consultadas durante o mês de março, o saldo positivo registrado no número de locações foi obtido graças a três regiões do estado, entre elas, o Interior (responsável por 18,82%) e o Litoral (responsável por 24,38%).
Creci SP divulgou que durante o mês de março no interior do estado de São Paulo, 52,35% das novas locações residenciais possuem uma média de aluguel de R$900 mensais. Taubaté foi o município a registrar o aluguel mais caro, uma contratação de R$12.500, por uma casa com cinco dormitórios em um bairro de área nobre. Na área de vendas, 62,12% dos imóveis comercializados custaram até R$400 mil no interior, superando a região do ABCD no estado, que tiveram média de R$300 mil.