Manutenção de filtros: Saiba como reduzir custos

Os filtros são peças fundamentais para o bom funcionamento, produtividade e duração de máquinas e equipamentos pesados. Eles têm uma série de finalidades, são usados para filtrar as impurezas do óleo, do combustível, do ar condicionado, além de manter a eficiência do freio e do sistema hidráulico.

Nesta Dica Técnica, João Moura, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas Automotivos Industriais (Abrafiltros), alerta que o maior desafio é monitorar os cronogramas de manutenção desta peça tão versátil que garante redução de custos na manutenção de diferentes equipamentos, evitando dessa forma prejuízo com a paralisação de máquinas danificadas. No entanto, o dirigente destaca que é importante observar as condições na qual a máquina está submetida.

“É importante lembrar que as orientações do fabricante consideram ambientes normais de operação e que o período de troca pode ser alterado, por exemplo, no caso de o equipamento trabalhar em condições mais extremas. Isso ocorre porque o filtro entope pela retenção de contaminantes presentes no fluido e não pelo volume de fluido que passa por ele. Se o fluido estiver limpo, o filtro não entope”, explica Moura.

Em relação ao tipo de filtro mais econômico, o presidente da Abrafiltros ressalta que a economia fica a cargo de um bom controle de manutenção preventiva, lembrando que o custo da troca de filtros é muito menor do que a necessidade de substituição do equipamento em si ou o prejuízo por tempo de parada não programada.

“Tecnicamente o filtro mais econômico é aquele que fornece mais poros da dimensão requerida na aplicação, por unidade de custo. São os poros que são utilizados e não a parte sólida. Quanto mais contaminantes, mais rapidamente entope e quanto menor a área, também”, detalha.

Moura ainda ressalta que o aproveitamento econômico dos poros se situa entre 80% e 85%, ou seja, até que a perda de pressão final seja entre 5 e 7 vezes a perda de pressão inicial com o filtro limpo. “Assim como o filtro entope, aumenta a perda de pressão, o consumo de energia também se eleva para empurrar o líquido através do filtro”.

De acordo com o presidente da Abrafiltros, a vida útil do filtro e elementos filtrantes está diretamente relacionada com a exposição e quantidade de contaminantes, condições do equipamento e das manutenções periódicas.

Para aplicações automotivas, o fabricante realiza testes de vida média em condições regulares de operação do veículo e orienta o usuário quanto ao tempo recomendado para manutenção ou substituição do filtro. No caso de aplicações industriais, é comum que os filtros hidráulicos, de lubrificação e de aplicações em processos industriais possuam algum mecanismo de indicação de saturação. Este indicador tem a função de informar que a capacidade de retenção de partículas sólidas está próxima do limite seguro de utilização do elemento filtrante e a manutenção deve ser realizada.

“O elemento filtrante é substituído ou lavado muito depois ou muito antes do limite. Sendo feita a manutenção ou troca do elemento filtrante antes do tempo, os custos globais de manutenção sobem por intervenções desnecessárias, uma vez que ainda restaria vida útil no elemento filtrante”.

Fonte: Revista Construa