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Indústria mantém investimentos com capital próprio e alcança maior nível em seis anos

As empresas da indústria de transformação voltaram a investir com força em 2024, mesmo diante da elevação dos juros. O detalhe é que a maior parte desses aportes foi feita com recursos próprios, sem recorrer de forma significativa ao crédito bancário.

Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), sete em cada dez empresas industriais (70%) realizaram investimentos no ano passado, percentual que só perde para o registrado em 2022, quando atingiu 73%. Nos demais anos recentes, a fatia não passou de 65%.

Modernização lidera os aportes

A pesquisa, feita com 1,5 mil empresas de pequeno, médio e grande porte, mostrou que 71% concluíram parcial ou totalmente seus planos de investimento em 2024. Apenas 10% adiaram ou cancelaram projetos, motivadas por incertezas econômicas, aumento de custos de insumos e queda nas vendas.

Entre as empresas que investiram:

  • 79% adquiriram máquinas e equipamentos novos
  • 57% modernizaram fábricas
  • 37% ampliaram ou construíram plantas, terrenos ou armazéns

O movimento foi impulsionado pela recuperação da demanda interna e externa, que ajudou a reduzir a ociosidade das fábricas.

Expansão produtiva e desafios à frente

De acordo com o Ipea, a indústria destinou R$ 371 bilhões à expansão da capacidade produtiva em 2024, o maior volume em dez anos, equivalente a 18,2% dos investimentos produtivos no Brasil.

Apesar do cenário positivo, analistas alertam que os juros elevados podem desacelerar esse ritmo nos próximos anos. Além disso, a CNI pretende refazer a pesquisa em 2025 para medir o impacto das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros.

Capital próprio domina os aportes

O estudo aponta que 74% dos investimentos foram financiados com recursos próprios ou de sócios, uma leve alta em relação a 2023 e 2022, quando o índice era de 71%. Esse comportamento reforça a estratégia das indústrias de depender menos do crédito bancário em períodos de incerteza.

Fonte: Construa Negócios