Gestão Compartilhada para fortalecer a indústria da construção

A Gestão Compartilhada tem promovido avanços na eficácia operacional da indústria da construção. O modelo de gestão, que visa uma abordagem colaborativa e integrada entre os diferentes stakeholders, permite o compartilhamento de conhecimento, recursos e riscos, buscando resultados superiores e mais sustentáveis.

Ao contrário dos modelos convencionais, em que as decisões e responsabilidades são centralizadas, a Gestão Compartilhada busca uma mudança de cultura, com ênfase na eficácia coletiva, contando com a participação de diferentes stakeholders — incluindo construtores, fornecedores, clientes e, em alguns momentos, concorrentes — para alcançar objetivos comuns, criando um ambiente de trabalho sinérgico e integrado, apontou o vice-presidente de Obras Industriais e Corporativas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ilso Oliveira. “O grande benefício dessa cultura está na possibilidade de potencializar o sucesso do projeto e juntamente com ele, o benefício de todos os envolvidos”, disse.

Esta abordagem é uma tendência para empresas que buscam diferenciação no mercado, destacou o presidente da Fortes Engenharia, Ricardo Abrahão. “Acompanhar as novas tecnologias disponíveis torna o mercado mais competitivo, e as empresas precisam apresentar, constantemente, soluções diferenciadas para se posicionar. É um trabalho contínuo e a Gestão Compartilhada é uma forma de inovação”, disse.

Abrahão destacou que o trabalho em conjunto com o cliente auxilia na eficácia operacional e redução de custos. “Ele passa a ser um aliado seu, fazendo parte do sucesso do negócio, onde todos têm um único objetivo, que é o sucesso do empreendimento”, pontuou. “Nos nossos projetos de tanques de grandes dimensões, na construção de estação de tratamento e efluentes, nós utilizamos o modelo de Gestão Compartilhada desde o início do processo de concorrência. Isso permite que seja realizado o acompanhamento de custo médio de mercado”, exemplificou.

Outro ponto destacado pelo empresário foi a possibilidade de industrialização dos processos e a redução de acidentes no canteiro de obra. “Nós conseguimos diminuir a quantidade de mão de obra no canteiro em cinco vezes. Isso diminui os acidentes e possibilita uma maior especialização dos operários para outras atividades”, complementou.

Na execução de projetos, Abrahão destacou a segurança, o prazo, a qualidade e a pauta ESG como desafios primordiais. Para ele, a Gestão Compartilhada impulsiona a eficácia operacional, redução de custos e segurança nos projetos.

“A Gestão Compartilhada contribui para a redução de prazos, permitindo entregas antecipadas e favorecendo o progresso da obra. Além da exigência rigorosa por qualidade nos projetos, as empresas estão considerando a pauta ESG um valor indiscutível. Essa também é uma grande vantagem da Gestão Compartilhada: a busca por minimizar as emissões de carbono e ter projetos cada vez mais sustentáveis”, disse.

Fonte: CBIC