Faturamento real da indústria cresce 2,0% em dezembro, mas não reverte recuo de 2023

A indústria brasileira fechou dezembro de 2023 com desempenho positivo, segundo a pesquisa Indicadores Industriais divulgada nesta terça-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar do resultado mensal, os indicadores do setor no ano passado ainda mostram queda em relação à atividade industrial de 2022. A exceção fica por conta da massa salarial e do rendimento médio real que tiveram alta no período de janeiro a dezembro de 2023 na comparação a igual período anterior.

De acordo com a pesquisa, o faturamento real da indústria teve aumento de 2,0% na passagem de novembro para dezembro de 2023, na série dessazonalizada. Essa foi a segunda alta consecutiva do indicador.
Apesar do desempenho positivo, como o índice passou a maior parte do ano com movimentos de queda predominando os de alta, o faturamento da indústria encerrou 2023 com recuo de 1,3% em relação ao registrado em 2022.

As horas trabalhadas na produção também cresceram em dezembro do ano passado 0,9% em relação a novembro. Esse foi o segundo aumento consecutivo na série livre de efeitos sazonais. Mas o movimento também não reverteu a tendência de queda que caracterizou o índice em 2023. As horas trabalhadas na produção tiveram recuo de 0,6% no ano passado na comparação com 2022.

O indicador que mede a evolução do emprego mostra estabilidade na passagem de novembro para dezembro de 2023, na série dessazonalizada. O emprego, no entanto, encerrou 2023 com ligeira alta de 0,3% em relação ao ano anterior.

A pesquisa aponta que a massa salarial recuou 0,6% de novembro para dezembro, na série livre dos efeitos sazonais.
Segundo a CNI, o índice manteve-se oscilando no mesmo patamar a partir de maio, sempre acima do nível registrado em 2022. Assim, a massa salarial de 2023 ficou 2,9% superior ao verificado em 2022.

O rendimento médio real da indústria ficou praticamente estável de novembro para dezembro do ano passado, com ligeiro recuo de 0,1%. Mas, desde maio de 2023, segundo os dados da CNI, o indicador vinha acima do patamar do ano anterior. Na comparação com 2022, portanto, o rendimento médio real cresceu 2,6%.

Fonte: O Dia