Fachadas ventiladas levam mais conforto térmico aos edifícios

Por essa tecnologia, placas de revestimento (no caso, porcelanato) são fixadas mediante uma subestrutura metálica em alumínio com afastamento da construção propriamente dita.

A fachada ventilada em edifícios é considerada uma solução construtiva sustentável que alia inovação e eficiência energética. De quebra, essa tecnologia de construção reduz os gastos com energia elétrica em ar-condicionado. Esse sistema já é utilizado em larga escala no exterior e agora também vem sendo difundida no Brasil.

As fachadas ventiladas apresentam um afastamento entre a construção propriamente dita e o revestimento externo. O método permite a instalação de grandes formatos de placas de revestimento, que são fixadas mecanicamente a uma subestrutura metálica, em alumínio, utilizando parafusos em aço inoxidável.

Por meio desse espaçamento entre o revestimento e a estrutura, chamado câmara de ar, ocorre a ventilação pelo efeito chaminé, no qual o ar frio entra pela parte inferior e o ar aquecido é removido pela parte superior, permitindo ventilação contínua no sentido vertical.

O ar da cavidade muda constantemente e não aquece a face do corpo da edificação, que permanece protegida. O princípio fundamental das fachadas ventiladas é seu sistema de juntas abertas, que permite que o espaço entre as placas não recebam vedação completa nas aberturas inferiores e superiores,

A Eliane Tec é uma marca do Grupo Eliane especializada em sistemas construtivos que, em seu leque de possibilidades, vem destacando as fachadas ventiladas em razão de sua eficiência energética e pouca deterioração da edificação. Outras vantagens são o maior conforto térmico nos ambientes internos e a facilidade de manutenção nas áreas externas.

O sistema de construção proporciona “uma baixa dispersão de calor em períodos frios e baixa absorção de calor em meses quentes, mantendo a temperatura dos espaços interiores amena”, informa a gerente da Eliane Tec, Karina Campos. Por isso, a redução no consumo de energia de uma edificação — que utiliza ar-condicionado — é de aproximadamente 30%.

A fachada ventilada também elimina as chamadas “pontes térmicas”, pontos específicos da estrutura de um edifício responsáveis pela troca de calor dos ambientes externos e internos de modo não controlado, o que altera constantemente a temperatura, de acordo com a empresa.

As variações constantes de temperatura podem causar problemas de saúde nas pessoas que ocupam os prédios, como resfriados e alergias. Além disso, podem degradar os materiais utilizados na construção, originando danos e fissuras em paredes, fachadas, tetos e pisos.

“O sistema de fachadas ventiladas também promove importantes reduções dos custos com manutenção dos edifícios, pois a alta resistência ao impacto, a cargas de ventos, ataques químicos e à ação dos raios ultravioletas evita a degradação dos revestimentos aplicados na parte externa, além de evitar danos estruturais provocados pela ação das chuvas, devido à baixa absorção de água”, diz Karina Campos.

A fachada ventiladas pode ser aplicadas em obras novas e reformas (retrofit) e são projetadas para atender às exigências estéticas e funcionais do empreendimento. O processo de execução é rápido. Os revestimentos cerâmicos e as ancoragens mecânicas são de materiais pré-fabricados.

Na cidade de Santos, o edifício Braúna (de apartamentos e quartos de hotel) recebeu fachada ventilada em porcelanato 60 por 120 centímetros da Eliane Tec. Foram utilizados 1.600 metros quadrados do porcelanato na frente e nos fundos do prédio.

Limpeza 

A união do sistema com a nanotecnologia Cleantec reduz o período para a limpeza e conservação das fachadas. A nanotecnologia (uma camada invisível a olho nu) em fachadas apresenta uma combinação de decomposição de matéria orgânica e hidrofilicidade — ou seja, a capacidade de a própria água da chuva ajudar a remover a sujeira da superfície do revestimento. A tecnologia Cleantec é uma parceria da Eliane Tec com a empresa japonesa Toto.

Fonte: Obra 24horas