Empresa desenvolve maquetes virtuais interativas para mercado imobiliário

A empresa Sureale, fundada em 2017 por estudantes da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está desenvolvendo seu primeiro projeto, apoiado pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE): maquetes virtuais interativas voltadas ao marketing imobiliário.

Segundo o sócio da Sureale e pesquisador responsável pelo projeto, Guilherme Picanço Rabello, muitos empreendimentos imobiliários são divulgados em dispositivos móveis por maquetes virtuais. No entanto, essas maquetes não trazem a mesma qualidade de imagem dos videogames. O desafio foi desenvolver um produto que proporcionasse a mesma experiência do game, mas pudesse ser acessado em dispositivos móveis como smartphones,tablets e laptops. Conseguiu vencê-lo recorrendo à computação em nuvem. “Utilizamos tecnologias de processamento remoto para jogos (cloud gaming) para permitir que as aplicações 3D sejam processadas em servidores poderosos na nuvem. Dessa forma, possibilitamos que a qualidade disponível apenas nas máquinas high end seja oferecida em qualquer dispositivo que tenha acesso à Internet”, diz.

De acordo com o pesquisador, o produto desenvolvido pela Sureale permite ao usuário navegar livremente pelo empreendimento com qualidade foto-realista, trocar a iluminação, experimentar diferentes decorações e acabamentos, tirar medidas, trocar a mobília por peças vendidas na loja de móveis de sua preferência, interagir com as áreas de lazer do condomínio e, mesmo, enxergar a vista que se tem da janela. “Para o vendedor do imóvel, quanto mais o comprador interagir com sua peça de marketing, maior será a probabilidade de conversão em venda”, afirma Rabello.

Em janeiro deste ano, a Sureale terminou a Fase 1 do PIPE com um protótipo funcional que, segundo Rabello, demonstra a viabilidade técnica do projeto. No momento, a empresa participa do MoviMente, promovido pelo Secovi-SP, cujo objetivo é fomentar o empreendedorismo inovador por meio do intercâmbio entre startups e empresas do setor imobiliário.

Fonte: CBIC