Crédito imobiliário no CE gira R$ 93 mi; alta de 33%

Os financiamentos imobiliários realizados com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) no Ceará tiveram um aumento de 33,23% em abril de 2018, na comparação com igual mês do ano passado, passando de R$ 69,8 milhões para R$ 93,0 milhões.

Proporcional ao valor de financiamento, também houve incremento nas unidades financiadas, cujo número saltou de 249 para 344. Um crescimento de 38,15%, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Apesar da melhora de resultados nas unidades e no valor total de financiamento no último mês de abril, o resultado do primeiro quadrimestre deste ano em relação a igual período do ano passado foi negativo.

De janeiro a abril de 2017, o Ceará contabilizou 1.350 unidades financiadas com recursos da poupança SBPE, totalizando R$ 438,0 milhões. Já nos quatro primeiros meses deste ano, o valor de financiamento foi menor: de R$ 354,3 milhões, enquanto que o número de unidades financiadas foi maior: 1.371.

Portanto, no quesito valor de financiamento, houve uma queda de 19,10% no primeiro quadrimestre de 2018 em relação a 2017 e no quesito unidades financiadas, houve um aumento de 1,5%. De março para abril de 2018, o número de unidades financiadas também subiu, saindo de 339 para 344, mas o valor financiado caiu de R$ 105,7 milhões para R$ 93,0 milhões.

Para o sócio-diretor da construtora Dias de Sousa, Patriolino Dias, a melhora no volume de financiamentos via SBPE em abril, no Ceará, reflete uma retomada da economia brasileira. Ainda que tenha amargado prejuízos recentemente, com a greve dos caminhoneiros. Em maio, inclusive, a Dias de Sousa registrou o seu melhor mês de vendas em três anos, comercializando R$ 10 milhões. Apesar disso, lançamentos estão previstos para acontecerem apenas no final deste ano ou no início de 2019.

“A economia está dando sinais de melhora porque as pessoas estão perdendo medo de perder emprego e assumindo compromisso”, diz, apontando a queda da taxa básica de juros da em 6,5% ao ano como um grande atrativo à compra de imóvel. Um investimento considerado dos mais seguros. “Como as taxas de juros baixaram demais, a poupança voltou a ser uma boa aplicação. Então o saldo da poupança está aumentando e os bancos são obrigados a emprestar”, afirma Patriolino Dias.

Fonte: Diário do Nordeste