Confiança do empresário da construção sobe pelo segundo mês seguido

Dados da FGV apontam que Índice de Confiança da Construção cresceu 2,6 pontos em julho, chegando a 85,4 pontos, o mesmo nível observado em dezembro de 2018

Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Construção (ICST) cresceu 2,6 pontos em julho face a junho, chegando a 85,4 pontos e voltando ao nível observado em dezembro de 2018. A alta foi influenciada tanto pela melhora da situação atual quanto das expectativas para os próximos meses.

“O segundo semestre inicia com alta da confiança, refletindo uma melhora no ambiente de negócios e expectativas de curto prazo mais favoráveis. A iminência de aprovação da reforma da Previdência e a retomada das obras do Programa Minha Casa Minha Vida certamente contribuíram para a melhora do cenário nesses dois últimos meses. No entanto, se a adoção de uma política para incentivar o consumo comprometer a fonte de financiamento do programa habitacional, não haverá sustentação nessa melhora a médio e longo prazo”, alertou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE.

O Índice de Situação Atual, que apura a confiança do empresário da construção no momento presente, aumentou 1,5 ponto no mês de julho e alcançou 75,1 pontos. O indicador foi impactado pela percepção de melhora dos empresários sobre a situação atual da carteira de contratos, que subiu 1,4 ponto e atingiu 73,5 pontos, e da melhora da situação atual dos negócios, que avançou 1,6 ponto, para 76,9 pontos.

O Índice de Expectativas (IE-CST) – cálculo da confiança do empresário da construção para os próximos meses – cresceu 3,5 pontos, chegando a 96 pontos. O resultado se deve tanto ao indicador de demanda prevista, que avançou 2,3 pontos e chegou a 95,5 pontos, quanto pelo indicador de tendência dos negócios, que aumentou 4,7 pontos, alcançando 96,6 pontos.

Além disso, o Nível de Utilização da Capacidade do setor (Nuci) teve alta de 0,6 ponto percentual e alcançou 68,9%, maior patamar desde julho de 2015 (69,4%).

Fonte: Revista Construa