Com lançamento de três rolos compactadores, JCB amplia investimentos

Apesar de o sistema rodoviário ser o principal modal de transporte no Brasil, apenas 12,4% das estradas são pavimentadas, o que corresponde a aproximadamente 213.453 Km dos 1.720.000 Km espalhados pelo país. O restante da malha rodoviária se divide em estradas não pavimentadas (78,5%) ou planejadas (9,1%), segundo levantamento da Confederação Nacional do Transporte.

Esse cenário reflete a ausência de investimentos no setor. Mas a tendência de alta na comercialização de equipamentos de pavimentação aponta para um cenário positivo. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), após três anos seguidos (2015 a 2017) de queda nas vendas de rolos compactadores, por exemplo, houve um crescimento de 9% na comercialização desses equipamentos no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

Atenta a esse movimento a JCB acaba de oficializar o lançamento no Brasil de três modelos de rolos compactadores: JCB 116D, CT160 e CT260. De acordo com Etelson Hauck, gerente de produtos da JCB, os lançamentos atendem 70% do mercado de rolos compactadores no país.

Segundo a fabricante, o modelo rolo simples JCB 116D é versátil, trabalha tanto na terra como no asfalto e pode ser utilizado em grandes obras, como rodovias e na abertura de novas estradas. Outro diferencial é que a máquina conta com um dispositivo que mede a compactação em tempo real. Entre os principais ganhos está o aumento da produtividade, já que o número de passes pode diminuir quando o operador atingir o nível de compactação desejado.

Já os modelos CT160 e CT260 são indicados para a compactação de acabamento e manutenção de estradas, construção de vias médias ou pequenas, além de trabalhos em espaços confinados. Os novos rolos são rebocáveis, o que traz mais flexibilidade e facilidade no transporte dos equipamentos até o local de trabalho, além de reduzir custos de deslocamento.

Novidades no Brasil

Para conhecer os novos produtos que serão produzidos no país nos próximos meses, a reportagem da EaeMáquinas foi convidada a fazer uma visita na fábrica em Sorocaba, no interior de São Paulo, sede das operações brasileiras da JCB desde 2001. O gerente de produtos da JCB, Etelson Hauck, acompanhou a visita e confirmou o otimismo da empresa na retomada do setor de infraestrutura. “Estima-se que em 2019 o volume desse mercado seja 50% maior que 2018”, destacou Etelson Hauck.

Durante a visita na linha de produção, o diretor de operações, Rodrigo Honorato, destacou o funcionamento de todas as etapas do processo que é certificado pelo ISO 9001. Atualmente são produzidos 30 modelos de máquinas de um portfólio de mais de 300 que a multinacional britânica possui. Entre as máquinas feitas aqui estão: retroescavadeira, escavadeira, pá carregadeira e manipulador telescópico.

O projeto de fabricação dos rolos compactadores no Brasil faz parte da estratégia de investimento anunciada no início deste mês pelo CEO da companhia, Gaeme Macdonald. Nos próximos três anos serão investidos R$ 100 milhões focados na ampliação das atividades produtivas para oferecer novos produtos para o mercado brasileiro e América Latina. “O mercado brasileiro cresceu substancialmente nos últimos 18 meses e mostra tendências de continuar se expandindo. Estamos entusiasmados com as oportunidades que vemos pela frente”, declarou Macdonald.

Durante a visita à fábrica a gerente de marketing, Mariana Bicalho, reforçou o potencial do mercado brasileiro e apresentou dados que chamam atenção. “Na Inglaterra que é um país do tamanho do estado de São Paulo são produzidas 30 mil máquinas por ano, sendo que a infraestrutura do país já está toda consolidada. No Brasil a produção foi de 12.300 mil máquinas em 2018 e para este ano a meta é de 16 mil, num país com dimensões continentais e que necessita de muitas obras de infraestrutura, ou seja, nosso potencial é muito grande e temos mercado para produzir 60 mil máquinas por ano.

O diretor de operações destacou que a meta da JCB é produzir 2.800 máquinas no país neste ano, mas a capacidade fabril é de 10 mil máquinas por ano. “Com os novos investimentos o objetivo é desenvolver e produzir oito novos produtos nos próximos três anos”, afirmou Honorato.

Fonte: Revista Construa