Atividade da indústria da construção desacelera em novembro

A atividade da indústria da construção e a evolução do emprego no setor encolheram na passagem de outubro para novembro, de acordo com dados da Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a queda na passagem de outubro para novembro é movimento usual para o período e os índices de atividade e de emprego cruzaram para baixo da linha divisória de 50 pontos.

O índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção ficou em 48,2 pontos em novembro de 2022, depois de cair 1,8 ponto na passagem de um mês para o outro.

O índice de evolução do nível de número de empregados da construção recuou para 48,5 pontos. Com a queda de 2,1 pontos em relação a outubro, o índice está abaixo da linha divisória de 50 pontos, que separa o aumento da queda do emprego.

“O ano de 2022 foi marcado por fortes avanços do nível de atividade para a indústria da construção, tendência que foi revertida nos últimos meses. Esses recuos não representam que agora vai se iniciar uma tendência negativa. Entendemos que o setor vai continuar em um nível de atividade elevado, só não deve se acelerar como vinha ocorrendo”, explica Marcelo Azevedo.

A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) diminuiu um ponto percentual em relação a outubro, passando para 67%. O resultado apresenta recuo, após quatro meses consecutivos de manutenção do índice no patamar de 68%. Apesar disso, a UCO tem o seu melhor resultado para meses de novembro desde 2013, quando o índice se situava em 70%.

Confiança – Em dezembro de 2022, o Índice de Confiança do Empresário (ICEI) da indústria da construção caiu 3,2 pontos e encerra o ano em 50,7 pontos. Todos os componentes do ICEI registraram queda na passagem de novembro para dezembro. Apesar da queda, o índice sugere confiança, embora menos disseminada.

Entre os componentes do ICEI da construção, os índices de condições atuais da economia brasileira e o índice de expectativas da economia brasileira para os próximos seis meses ficaram abaixo da linha divisória dos 50 pontos, registrando 48,6 pontos e 45,4 pontos, respectivamente. Esse resultado indica um estado de pessimismo dos empresários da construção tanto para condições atuais quanto para expectativas futuras da economia brasileira.

Fonte: Grandes Construções