Inflação oficial termina 2022 em 5,79%
O IBGE divulgou ontem (10) os dados referentes ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O indicativo, que mede a inflação oficial, encerrou 2022 com uma porcentagem acumulada de 5,79% — abaixo dos 10,06% registrados em 2021. Em dezembro passado, a variação foi de 0,62% (número acima dos 0,41% observados em novembro, porém abaixo dos 0,73% verificados no último mês de 2021). Nesse período os custos com habitação subiram 0,20%, com altas menos intensas do aluguel residencial (0,40%) e da energia elétrica (0,20%).
No acumulado de 2022, a inflação foi puxada para cima, principalmente, pelas altas nos preços dos alimentos e bebidas, que subiram 11,64% no ano. Também se destacam as elevações nos gastos com saúde e cuidados pessoais (11,43%). Por outro lado, os transportes ajudaram a frear o ritmo de crescimento do IPCA com uma deflação de 1,29% no ano — em comparação, esse grupo havia registrado inflação de 21,03% no final de 2021 devido ao valor dos combustíveis.
NÚMEROS DE DEZEMBRO
Segundo dados do IBGE, em dezembro de 2022 os itens mais impactantes do IPCA foram os produtos de saúde e cuidados pessoais (1,60%) e os alimentos e bebidas (0,66%). Já os transportes (0,21%) e a habitação (0,20%) tiveram as menores variações no período.
PREVISÃO PARA 2023
Na mais recente edição do Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, o mercado financeiro prevê inflação de 5,36% para 2023. A projeção corrigiu o percentual para cima, sendo que essa foi a quarta alta consecutiva do indicador. Para este ano, a meta central de inflação está fixada em 3,25% e será considerada cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.